No passado remoto ou recente predominava o machismo, a supremacia imposta pela força.física. Comportamento este que aniquilava a personalidade da mulher. O homem exerceu sobre ela férreo domínio, restringindo a atividade da mulher ao interior do lar, impedindo-lhe o acesso à cultura e ao poder. A despeito de tudo, foi ela desde os primórdios da história a modeladora da alma das gerações. Ainda hoje é ela que faz os heróis, os poetas, os artistas cujas realizações e epopéias fulguram através dos milênios.
O Cristianismo primitivo foi o primeiro movimento histórico que tentou dar à mulher uma condição de "status" social igual a do homem. Até porque dela provém a vida; e ela a própria fonte desta, a regeneradora da raça humana, que não subsiste e se renova senão por seu amor e seus ternos cuidados.
Mas, com o passar dos anos o movimento cristão fragmentou-se, e a única vertente que sobreviveu e cresceu sobre a função social da mulher foi a interpretação do Convertido de Damasco.
O Apóstolo dos Gentios era formado no rígido patriarcalismo da lei judaica, mesmo tendo realizado em si profundas transformações morais com relação aos costumes e tradições legados de sua estirpe racial, ainda assim, após sua conversão, não superou alguns de seus costumes cristalizados, sobretudo em referência às mulheres.
Comprovam sua rigidez contra elas as suas missivas a Timóteo: "Não permito à mulher que ensine, nem se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio, com espírito de submissão."(1) Ou, ainda, aos cristãos de Corinto quando prescreve "Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembléias."(2) E aos Colossenses admoesta: "mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs."(3)
Percebe-se , sem muito esforço de interpretação, que o apóstolo de Tarso não assimilou, na prática, que a liberdade de consciência que ele apregoava envolvia também os anseios femininos. Distorção que o Espiritismo corrigiu , desautorizando qualquer idéia de rebaixamento da mulher em relação ao homem e vice-versa.
Todo inócuo argumento machista de a mulher ser apenas a sombra do marido, procriadora por excelência, objeto de prazer ou apenas alguém que tome conta da casa, é evidente que precisa ser aclarado e desfeito, por ser fenômeno extemporâneo.
"Com o corpo terrestre, Maria de Nazaré honorificou a missão da mulher, recebendo Jesus nos braços maternais e é consagrada pelo Cristo como mãe de toda a humanidade."(4) A mulher é exponencial referência do equilíbrio definitivo do Planeta.
Cabe a ela influir decisivamente sobre os seres que reencarnam, transmitindo-lhes a primeira noção da vida. Porque a mãe é o agente educador por excelência. Por isso é imprescindível a tarefa que desenvolve a mulher no núcleo familiar, buscando para si e para os seus uma vida mais evangelizada, pois Jesus conta com o contingente feminino, na transformação da sociedade contemporânea.
Concebemos até que a mulher deva reduzir ,o quanto lhe for possível, o tempo gasto no trabalho profissional e se esforce mais na tarefa da educação de seus filhos, preferindo ganhar um pouco menos em valores materiais e potencializando seus tesouros espirituais.
Sabemos que atualmente não está fácil essa tarefa, pois a sociedade se curvou ante o consumismo materialista, seqüestrando a mulher do lar para enclausurá-la nas funções hodiernas às vezes subalternas a sua grandeza e quase sempre estranhas à sua natureza.
No entanto, no desafio que se impõe a mulher, pensamos que é sua principal missão sensibilizar o mundo com uma atuação profissional mais humana, menos burocrática e mais efetiva em favor do semelhante., sem porém, nunca esquecer a ternura do lar, invertendo os valores legítimos da alma.
A administração de uma família, atualmente, é tarefa extremamente importante . Dentro dessa pequena república há o fator econômico, as regras, a disciplina, o zelo, as tradições e a responsabilidade da formação moral e intelectual dos filhos.
A mulher deve conciliar o papel de mãe e esposa, por vezes deixado um pouco de lado. Por isso é importante não permitir que a competição do casal, as pressões do status, do dinheiro e do destaque sociais roubem o equilíbrio que a felicidade da família requer.
É importante citar que Jesus Cristo criou novo conceito da mulher, modificando os velhos conceitos da supremacia do homem sobre a ela, ao estabelecer no seio do Cristianismo, condições de igualdade de trabalho entre os dois sexos. "O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração do organismo doméstico."(4)
"Homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."(6) Não existem sexos opostos , mas complementares.
"Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, o Espírito se revela, no Plano Físico, pelas tendências que registra nos recessos do ser, tipificando-se na condição de homem ou de mulher, conforme as tarefas que lhe cabe realizar."(7)
Nada mais justo que a luta pela causa de maior liberdade e direito para a mulher. Afinal na Ordem Divina não há distinção entre os dois seres Porém, urge muita cautela. Os movimento feministas embora tenham seu valor, costumam cair no radicalismo querendo fazer da participação natural uma imposição. Muitas vezes, em seus intuitos, ao lado de compreensíveis pleitos, enuncia propósitos que fariam da mulher, não mais mulher, mas estereótipo do homem.
Jamais podemos deixar de lembrar que foram mulheres que colaboraram intensamente com Kardec na qualidade de médiuns. Modernamente observamos nas casas espíritas a presença maciça da mulher, nas múltiplas tarefas doutrinárias.
Se o movimento espírita mundial não contasse com a mão-de-obra, com a grandeza, com a persistência e com a moralidade feminina, certamente a Doutrina Espírita desapareceria.
Deus abençoe todas as mulheres do Mundo!
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Fontes:
1- (I Tim. 2, 9-13).
2- (Coríntios 14, 34-35)
3- (Colossenses 3: 18)
4- Xavier, Francisco Cândido. Viajor, Ditado pelo Espírito Emmanuel. Araras/ SP: IDE, 1985
5- Xavier, Francisco Cândido. Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 1989, perg. 55
6- Kardec, Allan. Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001 pergs. 817 a 822
7- Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 1999, cap. 1
O Cristianismo primitivo foi o primeiro movimento histórico que tentou dar à mulher uma condição de "status" social igual a do homem. Até porque dela provém a vida; e ela a própria fonte desta, a regeneradora da raça humana, que não subsiste e se renova senão por seu amor e seus ternos cuidados.
Mas, com o passar dos anos o movimento cristão fragmentou-se, e a única vertente que sobreviveu e cresceu sobre a função social da mulher foi a interpretação do Convertido de Damasco.
O Apóstolo dos Gentios era formado no rígido patriarcalismo da lei judaica, mesmo tendo realizado em si profundas transformações morais com relação aos costumes e tradições legados de sua estirpe racial, ainda assim, após sua conversão, não superou alguns de seus costumes cristalizados, sobretudo em referência às mulheres.
Comprovam sua rigidez contra elas as suas missivas a Timóteo: "Não permito à mulher que ensine, nem se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio, com espírito de submissão."(1) Ou, ainda, aos cristãos de Corinto quando prescreve "Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembléias."(2) E aos Colossenses admoesta: "mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs."(3)
Percebe-se , sem muito esforço de interpretação, que o apóstolo de Tarso não assimilou, na prática, que a liberdade de consciência que ele apregoava envolvia também os anseios femininos. Distorção que o Espiritismo corrigiu , desautorizando qualquer idéia de rebaixamento da mulher em relação ao homem e vice-versa.
Todo inócuo argumento machista de a mulher ser apenas a sombra do marido, procriadora por excelência, objeto de prazer ou apenas alguém que tome conta da casa, é evidente que precisa ser aclarado e desfeito, por ser fenômeno extemporâneo.
"Com o corpo terrestre, Maria de Nazaré honorificou a missão da mulher, recebendo Jesus nos braços maternais e é consagrada pelo Cristo como mãe de toda a humanidade."(4) A mulher é exponencial referência do equilíbrio definitivo do Planeta.
Cabe a ela influir decisivamente sobre os seres que reencarnam, transmitindo-lhes a primeira noção da vida. Porque a mãe é o agente educador por excelência. Por isso é imprescindível a tarefa que desenvolve a mulher no núcleo familiar, buscando para si e para os seus uma vida mais evangelizada, pois Jesus conta com o contingente feminino, na transformação da sociedade contemporânea.
Concebemos até que a mulher deva reduzir ,o quanto lhe for possível, o tempo gasto no trabalho profissional e se esforce mais na tarefa da educação de seus filhos, preferindo ganhar um pouco menos em valores materiais e potencializando seus tesouros espirituais.
Sabemos que atualmente não está fácil essa tarefa, pois a sociedade se curvou ante o consumismo materialista, seqüestrando a mulher do lar para enclausurá-la nas funções hodiernas às vezes subalternas a sua grandeza e quase sempre estranhas à sua natureza.
No entanto, no desafio que se impõe a mulher, pensamos que é sua principal missão sensibilizar o mundo com uma atuação profissional mais humana, menos burocrática e mais efetiva em favor do semelhante., sem porém, nunca esquecer a ternura do lar, invertendo os valores legítimos da alma.
A administração de uma família, atualmente, é tarefa extremamente importante . Dentro dessa pequena república há o fator econômico, as regras, a disciplina, o zelo, as tradições e a responsabilidade da formação moral e intelectual dos filhos.
A mulher deve conciliar o papel de mãe e esposa, por vezes deixado um pouco de lado. Por isso é importante não permitir que a competição do casal, as pressões do status, do dinheiro e do destaque sociais roubem o equilíbrio que a felicidade da família requer.
É importante citar que Jesus Cristo criou novo conceito da mulher, modificando os velhos conceitos da supremacia do homem sobre a ela, ao estabelecer no seio do Cristianismo, condições de igualdade de trabalho entre os dois sexos. "O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração do organismo doméstico."(4)
"Homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."(6) Não existem sexos opostos , mas complementares.
"Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, o Espírito se revela, no Plano Físico, pelas tendências que registra nos recessos do ser, tipificando-se na condição de homem ou de mulher, conforme as tarefas que lhe cabe realizar."(7)
Nada mais justo que a luta pela causa de maior liberdade e direito para a mulher. Afinal na Ordem Divina não há distinção entre os dois seres Porém, urge muita cautela. Os movimento feministas embora tenham seu valor, costumam cair no radicalismo querendo fazer da participação natural uma imposição. Muitas vezes, em seus intuitos, ao lado de compreensíveis pleitos, enuncia propósitos que fariam da mulher, não mais mulher, mas estereótipo do homem.
Jamais podemos deixar de lembrar que foram mulheres que colaboraram intensamente com Kardec na qualidade de médiuns. Modernamente observamos nas casas espíritas a presença maciça da mulher, nas múltiplas tarefas doutrinárias.
Se o movimento espírita mundial não contasse com a mão-de-obra, com a grandeza, com a persistência e com a moralidade feminina, certamente a Doutrina Espírita desapareceria.
Deus abençoe todas as mulheres do Mundo!
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Fontes:
1- (I Tim. 2, 9-13).
2- (Coríntios 14, 34-35)
3- (Colossenses 3: 18)
4- Xavier, Francisco Cândido. Viajor, Ditado pelo Espírito Emmanuel. Araras/ SP: IDE, 1985
5- Xavier, Francisco Cândido. Consolador, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 1989, perg. 55
6- Kardec, Allan. Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001 pergs. 817 a 822
7- Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed FEB, 1999, cap. 1
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