Gail Posner, uma socialite americana que dividia uma mansão de sete quartos em Miami com sua cadela e mais dois cães, faleceu aos 67 anos recentemente e no testamento veio à tona a divisão de bens. À cadela coube a posse do imóvel, no valor de US$ 8,3 milhões, e um fundo de US$ 3 milhões. Leona Hemsley, outra magnata de Nova York, deixou um fundo de investimento no valor de US$ 12 milhões para Trouble, sua maltês e excluiu os netos do testamento. A bilionária apresentadora de tevê Oprah Winfrey reservou US$ 30 milhões de sua fortuna para seus vários cachorros. A cadela da atriz Drew Barrimore deve herdar a casa da atriz, avaliada em US$ 3 milhões A condessa alemã Karlotta Liebenstein deixou US$ 194 milhões para o pai de Gunther IV, o pastor alemão Gunther III, em 1992. O cachorro morreu e o fundo em que o dinheiro ficou aplicado tem hoje US$ 372 milhões.
Na opinião de alguns psicólogos esse tipo de atitude extrema é um recado claro: “Deixei minha herança para o cachorro porque ganhei muito mais amor do meu bicho.” Obviamente, para chegar a esse ponto, a pessoa deve ter uma aversão muito grande aos seres humanos ao seu redor. O Professor da Universidade da Virgínia (EUA), Jonathan Haidt, em seu livro "The Happiness Hypothesis", diz: "a família e os amigos são mais relevantes do que o dinheiro e a beleza. Uma condição que nos torna felizes é a capacidade de nos relacionarmos e estabelecermos laços com os demais.”(1) “Para muitas pessoas, o animal é uma referência emocional, porque ele não faz julgamentos e tem fidelidade incondicional.”(2)
Se fôssemos consciente da necessidade da prática do bem, não haveria situações tão extremadas de todos os tipos de aberrações, como as doações de fortunas para animais, a guerra do crack, seqüestros, prostituição, poligamia, traição, inveja, racismo, inimizades, tristeza, fome, ganância e guerras. Não encontraríamos pessoas perambulando pelas ruas, embriagadas, sujas, cabelos desgrenhados, roupas ensebadas, catando coisas no lixo ou esmolando um pedação de pão.
Desfrutamos de uma realidade tecnológica que, num passado recente, era impossível imaginarmos, exceto nos filmes de ficção. Recordo-me do início da década de 70, quando não havia como pensar em fornos de microondas, aparelhos de videocassete, telefones celulares, microcomputadores, cartões magnéticos, e, principalmente, a Internet. No entanto, atualmente, são recursos comuns. Porém, ainda amargamos os contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, da genética, das viagens espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, ao mesmo tempo em que ainda temos que conviver com a febre amarela, a tuberculose, a AIDS, e com todos os tipos de droga (cocaína, heroína, skanc, ecstasy, o crack, etc.).
Ante os paradoxos humanos, nem tudo está perdido. Sabemos que desde o século XIX, os milionários americanos seguem a tradicional prática de mecenato e filantropia com doações milionárias para museus, salas de concerto e universidades. Inclusive, muitos milionários não esperam mais a morte para doar parte da fortuna para causas sociais. "O modelo do velho moribundo na cama do hospital que deixa tudo para uma fundação está superado. Agora, o sujeito monta uma fundação aos 30, 40 anos de idade. Desta forma, os doadores controlam melhor o destino dado ao dinheiro para que ele seja aplicado exatamente nas causas que eles escolheram.”(3)
Além da vontade de resolver problemas sociais, os magnatas têm outra razão para doar seu dinheiro enquanto ainda estão vivos. Não querem deixar grandes heranças para os filhos com medo de estragá-los. Nos Estados Unidos, a figura do self-made man, aquele que faz fortuna por si próprio, é muito valorizada. Daí a crença de que grandes heranças roubariam a possibilidade de os herdeiros terem a sensação de que realizaram algo.
No topo do ranking dos doadores aparece Bill Gates e sua esposa, Melinda. A Fundação Bill & Melinda Gates investe em projetos de saúde e educação em vários países , inclusive no Brasil. Warren Buffett, investidor e industrial de 79 anos cuja fortuna é calculada em 47 bilhões de dólares, afirmou que mais de 99% da sua riqueza irá para a filantropia durante vida ou quando morrer.
Nesse panorama promissor, a mensagem do Cristo é um elixir poderoso, o mais seguro para a redenção social, que haverá de penetrar em todas as consciências humanas, como um dia penetrou no desprendimento de Vicente de Paulo, na majestosa solidariedade de irmã Dulce, na bondade de Francisco de Assis, na suprema dedicação de Teresa de Calcutá e no amor de Chico Xavier.
É urgente aprendermos a fazer o bem incondicional, e nesse comportamento podermos soltar o sereno grito como o fez Paulo: "Já não sou quem vive, mas o Cristo é quem vive em mim.”(4) Precisamos exercer o Evangelho nos múltiplos setores da sociedade, porque a natureza nos ensina que temos uma fatalidade biológica (vamos todos desencarnar um dia), porém, a forma de nos comportarmos dentro do limite berço-túmulo é da nossa livre escolha. Podemos alcançar a sublimação com o simples querer, mas, sempre, movidos por uma fé calcada nas boas obras em favor do próximo.
Fontes:
(1) IstoÉ independente, N° Edição: 1925 | 13.Set - 10:00 | Atualizado em 21.Ago.2010, disponível http://www.istoe.com.br/reportagens/4955_SEGREDOS+DA+FELICIDADE?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
(2) Cf. Mario Marcondes, veterinário e diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
(3) Cf. Rick Cohen, diretor executivo do Comitê Nacional de Filantropia Responsável
(4) Gl 2,20
Na opinião de alguns psicólogos esse tipo de atitude extrema é um recado claro: “Deixei minha herança para o cachorro porque ganhei muito mais amor do meu bicho.” Obviamente, para chegar a esse ponto, a pessoa deve ter uma aversão muito grande aos seres humanos ao seu redor. O Professor da Universidade da Virgínia (EUA), Jonathan Haidt, em seu livro "The Happiness Hypothesis", diz: "a família e os amigos são mais relevantes do que o dinheiro e a beleza. Uma condição que nos torna felizes é a capacidade de nos relacionarmos e estabelecermos laços com os demais.”(1) “Para muitas pessoas, o animal é uma referência emocional, porque ele não faz julgamentos e tem fidelidade incondicional.”(2)
Se fôssemos consciente da necessidade da prática do bem, não haveria situações tão extremadas de todos os tipos de aberrações, como as doações de fortunas para animais, a guerra do crack, seqüestros, prostituição, poligamia, traição, inveja, racismo, inimizades, tristeza, fome, ganância e guerras. Não encontraríamos pessoas perambulando pelas ruas, embriagadas, sujas, cabelos desgrenhados, roupas ensebadas, catando coisas no lixo ou esmolando um pedação de pão.
Desfrutamos de uma realidade tecnológica que, num passado recente, era impossível imaginarmos, exceto nos filmes de ficção. Recordo-me do início da década de 70, quando não havia como pensar em fornos de microondas, aparelhos de videocassete, telefones celulares, microcomputadores, cartões magnéticos, e, principalmente, a Internet. No entanto, atualmente, são recursos comuns. Porém, ainda amargamos os contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, da genética, das viagens espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, ao mesmo tempo em que ainda temos que conviver com a febre amarela, a tuberculose, a AIDS, e com todos os tipos de droga (cocaína, heroína, skanc, ecstasy, o crack, etc.).
Ante os paradoxos humanos, nem tudo está perdido. Sabemos que desde o século XIX, os milionários americanos seguem a tradicional prática de mecenato e filantropia com doações milionárias para museus, salas de concerto e universidades. Inclusive, muitos milionários não esperam mais a morte para doar parte da fortuna para causas sociais. "O modelo do velho moribundo na cama do hospital que deixa tudo para uma fundação está superado. Agora, o sujeito monta uma fundação aos 30, 40 anos de idade. Desta forma, os doadores controlam melhor o destino dado ao dinheiro para que ele seja aplicado exatamente nas causas que eles escolheram.”(3)
Além da vontade de resolver problemas sociais, os magnatas têm outra razão para doar seu dinheiro enquanto ainda estão vivos. Não querem deixar grandes heranças para os filhos com medo de estragá-los. Nos Estados Unidos, a figura do self-made man, aquele que faz fortuna por si próprio, é muito valorizada. Daí a crença de que grandes heranças roubariam a possibilidade de os herdeiros terem a sensação de que realizaram algo.
No topo do ranking dos doadores aparece Bill Gates e sua esposa, Melinda. A Fundação Bill & Melinda Gates investe em projetos de saúde e educação em vários países , inclusive no Brasil. Warren Buffett, investidor e industrial de 79 anos cuja fortuna é calculada em 47 bilhões de dólares, afirmou que mais de 99% da sua riqueza irá para a filantropia durante vida ou quando morrer.
Nesse panorama promissor, a mensagem do Cristo é um elixir poderoso, o mais seguro para a redenção social, que haverá de penetrar em todas as consciências humanas, como um dia penetrou no desprendimento de Vicente de Paulo, na majestosa solidariedade de irmã Dulce, na bondade de Francisco de Assis, na suprema dedicação de Teresa de Calcutá e no amor de Chico Xavier.
É urgente aprendermos a fazer o bem incondicional, e nesse comportamento podermos soltar o sereno grito como o fez Paulo: "Já não sou quem vive, mas o Cristo é quem vive em mim.”(4) Precisamos exercer o Evangelho nos múltiplos setores da sociedade, porque a natureza nos ensina que temos uma fatalidade biológica (vamos todos desencarnar um dia), porém, a forma de nos comportarmos dentro do limite berço-túmulo é da nossa livre escolha. Podemos alcançar a sublimação com o simples querer, mas, sempre, movidos por uma fé calcada nas boas obras em favor do próximo.
Fontes:
(1) IstoÉ independente, N° Edição: 1925 | 13.Set - 10:00 | Atualizado em 21.Ago.2010, disponível http://www.istoe.com.br/reportagens/4955_SEGREDOS+DA+FELICIDADE?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
(2) Cf. Mario Marcondes, veterinário e diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
(3) Cf. Rick Cohen, diretor executivo do Comitê Nacional de Filantropia Responsável
(4) Gl 2,20
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