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  • terça-feira, 3 de abril de 2018

    O espírito deseja, o perispírito vibra e o corpo experimenta (Jorge Hessen)

    O espírito deseja, o perispírito vibra e o corpo experimenta (Jorge Hessen) 
    Jorge Hessen 

    Pesquisadores da divisão de doenças digestivas do Mount Sinai Medical Center, em Nova York, nos Estados Unidos, encontraram um “novo órgão” do corpo humano. A descoberta só foi possível porque eles utilizaram um novo equipamento, uma nova versão do endoscópio, mangueira com uma câmera na ponta que permite analisar o sistema digestivo. 
    Para Neil Theise, professor em patologia e um dos responsáveis pela pesquisa, existe uma unidade e singularidade de estrutura ou de função do fluido intersticial, que compõe 20% do líquido do corpo. Esse fluido intersticial circunda as partes do corpo que se movem, como a pele ou o pulmão. O pesquisador jamais questiona como o fluido intersticial (densa camada de tecido conjuntivo) sobrevive a tanto estresse sem se romper. Agora se sabe que não são tecidos conectivos densos; eles são distensíveis e compressíveis espaços cheios de fluido. Isso pode inclusive ajudar a explicar como o câncer se espalha pelo corpo”, segundo Theise. [1] 
    Os espíritas sabem que a nossa carcaça biológica é o espelho do corpo perispiritual. Para que futuramente a ciência avalie melhor a mecânica e a natureza do corpo humano, necessitará estudar mais profundamente a estrutura funcional do perispírito, como matriz gerenciadora das funções do corpo físico. O perispírito não tem sido estudado atualmente por ausência de instrumentos e equipamentos de laboratório mais possantes. A ciência acadêmica ainda está muito distante de conhecer e melhor entender a estrutura de funcionamento do psicossoma. 
    A nossa realidade mento-espiritual gera o impulso criador que se projeta no corpo perispiritual e, depois, no corpo físico. Em outras palavras: quando o espírito deseja, o psicossoma vibra e o corpo experimenta. Nessa linha de raciocínio concluímos que o processo imunológico, que neutraliza o desenvolvimento de doenças (inclusive o câncer), é resultante do trabalho permanente no bem e na prática da solidariedade, da fraternidade e do perdão irrestrito, atributos estes do espírito imortal. 
    Alguns embriogenistas atuais "desconfiam" da existência desse princípio e tentam, de alguma forma, comprovar essa desafiadora "matriz gerenciadora" no mecanismo da geração orgânica. Ensinam os benfeitores espirituais que o psicossoma tem função organogênica. Destarte, permite a formação do próprio organismo e funciona em harmonia com os códigos genéticos. Por essa razão, na sua ausência, o processo de fecundação seria uma composição orgânica sem forma definida (amorfa). 
    O espírito, através do perispírito, "influencia o citoplasma (sede das forças fisiopsicossomáticas), juntamente com as funções endocrínicas, por estar fixado no sistema nervoso central e enraizado intrinsecamente no sangue, sendo o modelador definitivo da célula". [2] 
    Sabe-se que se forem colocados fragmentos de tecidos orgânicos da epiderme ou do cérebro numa porção de soro em temperatura ideal, o fragmento acusa uma intensa vida. Depois de algumas horas, os produtos da excreta intoxicam o soro, impedindo, com isso, o desenvolvimento celular. Renovando o soro, as células crescem novamente. Porém, sem o governo mental, através do perispírito, em nada ficam sequer parecidas com as suas irmãs em funções orgânicas. [3] 
    A nossa realidade mento-espiritual gera o impulso criador que se projeta no corpo psicossomático e, depois, no arcabouço físico. Em outras palavras, quando o espírito quer, o períspirito amolda e o corpo é formado de conformidade com o molde perispiritual. 

    Referências bibliográficas: 

    [2] XAVIER, Francisco Cândido & VIEIRA Waldo. Evolução em Dois Mundos, Ditado pelo Espírito  André Luiz, RJ: Ed. FEB, 2002 

    [3] As células tomam aspectos diferentes conforme a natureza das organizações a que servem e a inteligência, influenciando o citoplasma, obriga as células ao trabalho de que necessita para expressar-se, trabalho este que, à custa de repetições quase infinitas, se torna perfeitamente automático para as unidades celulares que se renovam, de maneira incessante, na execução das tarefas que a vida lhes assinala.