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  • sábado, 13 de junho de 2009

    MANSUETUDE NÃO É ALIENAÇÃO



    Estaremos vivenciando os princípios Espíritas, promovendo ou participando dos movimentos "democráticos" de greve na sociedade? Alguns confrades (servidores públicos, leia-se professores) têm agido de maneira equivocada em participar de movimentos grevistas, insistentemente praticados em nosso País. Com o intuito de ajudá-los a refletir melhor sobre esse comportamento, evocamos os oportunos argumentos de Chico Xavier: "fui operário de fábrica, trabalhava num filatório e era muito feliz" explicando que "os movimentos de protesto no Brasil impressionam. Ainda que demorem as providências de recursos capazes de trazer ao nosso povo benefícios que penso serem justos, mas que não podem ser produtos de greve.(1)". (grifamos) 
    Quando uma sociedade é educada para tolerância recíproca para o respeito à autoridade, para o trabalho persistente, sem conflitos entre servidores e governo, empresários e trabalhadores se as pessoas se unissem para compreender a necessidade dos valores espirituais na vida de cada um ou de cada grupo social, seríamos um país venturoso e pacífico.O médium mineiro elucida que "se os privilegiados pela inteligência compreendessem os problemas do nosso povo, nós teríamos encontrado ou estaríamos encontrando uma vida de muito progresso, cultura, alegria e, sobretudo PAZ!." 
    O extraordinário Espírito Emmanuel sedimenta suas advertências argumentando que "os regulamentos apaixonados, as greves, os decretos unilaterais, as ideologias revolucionárias, são cataplasmas inexpressivas, complicando a chaga da coletividade".(2) (grifamos)Movimentos grevistas tendem a ser agressivos, apaixonados, delirantes, quase sempre apoiados nos pilares das teses materialistas. Em face disso, recorremos ao iluminado Mentor de Chico Xavier que admoesta ainda: "Todos os absurdos das teorias sociais decorrem da ignorância dos homens relativamente à necessidade de sua cristianização"(3). E para despertar alguns confrades distraídos que incendeiam esses movimentos com objetivos declaradamente políticos, lembremo-nos que "o sincero discípulo de Jesus está investido de missão mais sublime, em face da tarefa política saturada de lutas materiais".(4) Muitos podemos admirar política enquanto ciência, enquanto princípios, enquanto filosofia, mas que obrigatoriamente não precisamos envolver-nos em partidarismos políticos. 
    Pensamos ser justo lutar por nossa ação voluntária na Sociedade; seja na ação profissional; seja na ação de cidadania, sem trocar nossa dignidade por conveniências pessoais. Precisamos demonstrar maturidade nas concepções políticas. Até porque quem se evangeliza, quem cumpre deveres e cobra direitos sem afobamentos é um cidadão politicamente correto.A problemática da greve é que ela é uma faca de dois gumes. Todos os que participam de greve dizem que é um direito constitucional. É evidente que é uma prerrogativa constitucional, mas que se choca com outros direitos constitucionais. 
    Lembremos que "Toda criança tem direito à escola". Se o professor faz greve - porque é o seu direito - como fica o da criança que tem direito à escola? Torna-se, portanto, imperioso exercitarmos os códigos do Evangelho nos vários setores sociais sem fanatismos ideológicos, sem greves, sem violências, com paciência e humildade, até porque Jesus ensinou-nos a mansuetude (o que não é alienação). A Terceira Revelação explica que temos um determinismo biológico, porém a maneira de agirmos no âmbito do limite que inicia no berço e culmina no túmulo é da nossa livre eleição, e podemos lograr a vitória espiritual com o esforço de querermos vencer a nós mesmos, movidos pela fé espírita cristã.

    Jorge Hessen
    E-Mail: jorgehessen@gmail.com 
    Site: http://jorgehessen.net/ 

    FONTES:1- Idem, ibdem2- XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador, pelo espírito Emmanuel, 6ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1976, Pergunta n.º 573- Idem, ibdem, Pergunta n.º 574- Idem, ibdem, Pergunta n.º 60

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