ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA O CONSOLADOR
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Esta frase foi dita em novembro de 1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo
Circula
 pela  internet, e também em alguns periódicos espíritas, absurdas 
críticas à  literatura de Emmanuel. Trata-se, sem dúvida, de improfícua 
tentativa de  desmerecer a extraordinária obra do excelso médium Chico 
Xavier e de  entronizar-se a hegemonia ideológica desses agentes da 
perturbação.
Não
  é preciso fazer um grande esforço para identificar nesses irmãos a  
carência de sensatez, pelo fato de se encontrarem inteiramente  
distanciados da Doutrina dos Espíritos, engolfados nas malhas do  
fascínio obsessivo.
Melancólicos
 críticos de Chico Xavier,  Emmanuel e André Luiz, tais confrades 
permanecem no torpor hipnótico,  delirando no interior de uma composição
 descarrilada que culminou na  tolice apontada como "emmanuelismo", 
patrocinada por “espíritas” que não  têm mais o que fazer de útil.
Essa
 ojeriza a Emmanuel há muito  existe no movimento Espírita, da mesma 
forma a aversão a André Luiz,  desde a publicação do livro Nosso Lar. 
Recentemente, deliberamos  assistir a uma apresentação em vídeo sobre o 
que apelidam de  “Emmanuelismo”. Vimos; contudo, não suportamos a 
mutilada pseudopesquisa  e paramos de assistir para não obliterar nosso 
mundo cerebral.
Entre
  as “preciosidades” do conteúdo, afirma-se que até para os próprios  
“espíritas” Emmanuel é um “pseudossábio”. Não sabemos em qual fonte  
bebericaram para afirmação tão incoerente.
Emmanuel: um pseudossábio?
A
  fundamental descrição de Emmanuel que fazemos é: ele nem enaltece, nem
  recrimina. Demonstra, conscientiza. É veemente, faz notar que os que 
se  recuperam são incólumes aos horrores do amanhã. Por isso exorta-nos à
  reforma íntima. Nós que o interpretamos, e consentimos em admirá-lo,  
deixamos escapar um grito de conforto: "Sim, nós somos capazes!” Isso é 
 meio poético, mas é assim que sentimos o benfeitor Emmanuel.
É
  evidente que para um espírita consciente o assunto cheira a discussão 
 estéril, sem lógica. Retrucá-lo pode ser perda de tempo, mas, mesmo  
assim, vamos utilizar um tempinho para escrever sobre essa doideira,  
lembrando que teremos o cuidado para não esbarrarmos na mesma faixa de  
sintonia.
É
 risível o esforço dos confrades (reencarnações  tupiniquins dos 
ex-científicos do século XIX) que consideram Emmanuel um  pseudossábio. 
Quem consideram sábio? Afonso Angeli Torteroli? Ou eles  mesmos? 
irrisão!! Escrevemos com o propósito de alertar os leitores,  pois 
“conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira  pode 
ser um dever, pois é melhor que um homem caia do que muitos sejam  
enganados e se tornem suas vítimas". (1)
Esses
 irmãos, sob o  guante de fértil imaginação e desnorteados no 
raciocínio, reverberam que  o jovem “católico” Chico Xavier, quando teve
 a visão mediúnica daquele  que teria sido o padre Manoel da Nóbrega em 
pretérita encarnação, e que  passou a ser identificado como Emmanuel, 
certificou-se de que este seria  o seu mentor espiritual. Com isso, todo
 o processo mediúnico do  extraordinário médium mineiro teria sido 
plasmado por um “misticismo  católico”. (!?...)
Espiritismo: uma academia de expoentes do “saber”?
Destarte,
  os atuais idólatras de Torteroli (aquele “científico” que abusava da  
resignação do “místico” Bezerra de Menezes, no século XIX) andam dizendo
  que, por ter sido jesuíta, Emmanuel impôs um viés catoliquizante ao  
Movimento Espírita. Ora, se esses companheiros estudassem com  
inteligência os princípios espíritas, identificariam que o Espiritismo  
não precisou se catoliquizar com as sublimes mensagens do grande  
arquiteto do catolicismo, o Doctor Gratia, Aurélio Agostinho, ex-bispo  
de Hipona, que ditou dezenas mensagens insertas no Pentateuco  
Kardeciano. O importante é a essência de suas orientações, que em nada  
ferem a Terceira Revelação; ao contrário, contribuem para clareá-la ao  
fulgor do Evangelho. "O Espiritismo é uma doutrina moral que fortalece  
os sentimentos religiosos em geral, e se aplica a todas as religiões; é 
 de todas, e não pertence a nenhuma em particular. Por isso não 
aconselha  ninguém que mude de religião.” (2)
A
 rigor, o que está  escamoteada na retórica desses aventureiros da 
ilusão, sob o tema  “Emmanuelismo”, é, nada mais nada menos, uma 
restrição velada ao aspecto  religioso da Doutrina Espírita sustentado 
dignamente no Brasil pela FEB  e abrilhantado por Chico Xavier na 
prática mediúnica.
Esses
  kardequeólogos “PhD’s de coisa nenhuma”, longe do uso do bom senso,  
insistem em divulgar a “progressista” tese de que se é preciso fugir do 
 “Cristo Católico”, do religiosismo, do igrejismo no Espiritismo e  
transformá-lo numa academia de expoentes do “saber”, sob a batuta deles,
  obviamente! Isso só pode ser chacota!
Jesus: o tipo mais perfeito, nosso guia e modelo
Sob
  o império dessa compulsiva tendência filosófica, vão para a internet, 
 redigem livros, artigos, promovem palestras inócuas, aguilhoados às  
diretivas telepáticas das “inteligências” sombrias do Umbral. Mas,  
gostem ou não, queiram ou não, o Cristo é o modelo de virtudes para  
todos os homens, e não foi Emmanuel que o disse, mas os imortais que  
participaram da codificação do Espiritismo e o próprio Kardec. Não nos  
custa lembrar aqui o que lemos na questão 625 d´O Livro dos Espíritos:  
“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe  
servir de guia e modelo?” Resposta: “Jesus”.
Comentando
 a  resposta, Kardec anotou, em seguida: “Para o homem, Jesus constitui o
  tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus
  no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a
  expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de
  quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”. (L.E.,  
item 625.)
Tais
 confrades têm-se colocado como vítimas da pecha de  afugentadores do 
Mestre Jesus das hostes doutrinárias. Trôpegos,  cavalgam sem norte, 
suspirando a falácia de que peregrinam o calvário do  xenofobismo contra
 eles. Talvez porque, numa entrevista cedida a  confrades de Uberaba, 
Chico advertiu: "Se tirarem Jesus do Espiritismo,  vira comédia. Se 
tirarem Religião do Espiritismo, vira um negócio. A  Doutrina Espírita é
 ciência, filosofia e religião. Se tirarem a  religião, o que é que 
fica? Jesus está na nossa vivência diária,  porquanto em nossas 
dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos  lembramos, capaz 
de nos proporcionar alívio e reconforto, é Jesus". (3)
Jesus: Messias divino, o enviado de Deus
Atacam,
  com o mesmo propósito, até a figura do pioneiríssimo Olympio Teles de 
 Menezes, alcunhando-o de espiritólico. As hordas das regiões densas são
  poderosas e se "organizam", uma vez que têm, como meta, a proscrição 
de  Jesus dos estudos espíritas. Confrades esses, aprisionados por 
astutos  cavaleiros das brumas umbralinas, atestam que Kardec escreveu o
  Evangelho para apaziguar os teólogos, tentando uma aproximação com a  
Igreja (pasme, leitor, e acredite se quiser!).
Ficam
 rubros de  fúria quando leem Kardec, que afirmou: "O Espiritismo é uma 
religião e  nós nos ufanamos disso". (4) Além disso, o Espírito São Luís
 adverte que  "os Espíritos não vêm subverter a religião, como alguns o 
pretendem.  Vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la por provas 
irrecusáveis.  Daqui a algum tempo, muito maior será do que é hoje o 
número de pessoas  sinceramente religiosas e crentes".(5) O mestre 
lionês assevera com  todas as letras que o "Espiritismo repousa sobre as
 bases fundamentais  da religião e respeita todas as crenças; um de seus
 efeitos é incutir  sentimentos religiosos nos que os não possuem, 
fortalecê-los nos que os  tenham vacilantes". (6)
Para
 os arautos da antirreligião que  afirmam ser "Jesus somente o emergir 
de um arquétipo plasmado no  inconsciente coletivo", lembramos que o 
Mestre da Galileia foi a  manifestação do amor de Deus, a personificação
 de sua bondade. E para  Kardec, o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o 
Cristo foi um Espírito  superior, dos de ordem mais elevada e colocado, 
por suas virtudes,  muitíssimo acima da humanidade terrestre: “Pelos 
imensos resultados que  produziu, a sua encarnação neste mundo 
forçosamente há de ter sido uma  dessas missões que a Divindade somente a
 seus mensageiros diretos  confia, para cumprimento de seus desígnios. 
Mesmo sem supor que ele  fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado
 de Deus para transmitir  sua palavra aos homens, seria mais do que um 
profeta, porquanto seria um  Messias divino”. (7)
Referências bibliográficas:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2000, cap. X, 20:21
(2) Kardec, Allan. Revista Espírita, fevereiro de 1862 - Resposta dirigida aos Espíritas Lionenses por ocasião do Ano-Novo, Brasília: Edicel, 2001
(3) Entrevistas com Chico Xavier disponíveis em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religiao/espiritismo-sem-jesus.html e http://www.meumundo.americaonline.com.br/eespirita/espiritismo_sem_jesus.htm
(4) Kardec, Allan. Revista Espírita, dezembro de 1868, discurso de Kardec em reunião pública realizada na noite de 01/11/1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Brasília: Edicel, 2001
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 2002, perg. 1.010 (a)
(6) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns RJ: Ed. FEB, 2000, Capítulo III, Do Método, Item 24,
(7) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 1998, XV, item 2.
(1) Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, RJ: Ed. FEB, 2000, cap. X, 20:21
(2) Kardec, Allan. Revista Espírita, fevereiro de 1862 - Resposta dirigida aos Espíritas Lionenses por ocasião do Ano-Novo, Brasília: Edicel, 2001
(3) Entrevistas com Chico Xavier disponíveis em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religiao/espiritismo-sem-jesus.html e http://www.meumundo.americaonline.com.br/eespirita/espiritismo_sem_jesus.htm
(4) Kardec, Allan. Revista Espírita, dezembro de 1868, discurso de Kardec em reunião pública realizada na noite de 01/11/1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Brasília: Edicel, 2001
(5) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed. FEB, 2002, perg. 1.010 (a)
(6) Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns RJ: Ed. FEB, 2000, Capítulo III, Do Método, Item 24,
(7) Kardec, Allan. A Gênese, RJ: Ed. FEB, 1998, XV, item 2.
 
 
