Jorge Hessen
#jorgehessen
Brasília-DF
Na dinâmica da vida as lágrimas
do choro podem persistir durante uma noite inteira, mas ao amanhecer surge a alegria.
Há pesquisas que indicam que a função evolutiva do choro é criar empatia entre as
pessoas e incentivar a ajuda em situações de carência.
De fato, a colaboração histórica
entre os indivíduos foi e ainda é crucial para a sobrevivência da humanidade.
É reconhecido que o ato de chorar
desencadeia a liberação de hormônios e neurotransmissores que auxiliam no alívio
da tristeza e da dor.
Profissionais da área afirmam que reprimir o
choro significa sufocar certas emoções, o que dificulta seu enfrentamento.
Por essa razão, médicos e
psicólogos aconselham a expressão das lágrimas como uma forma de liberar os sentimentos.
Chorar volta e meia permite
o acesso às emoções mais profundas. É um momento em que a dor não pode ser
contida e precisa ser exteriorizada, mesmo que isso ocorra em solidão.
As lágrimas funcionam como uma
resposta natural do corpo para liberar a tensão e ajudar a restaurar a estabilidade
emocional.
Chorar alivia o sofrimento e
pode nos levar a experiências mais profundas, especialmente quando atribuímos significado
às lágrimas e à dor que estamos sentindo no momento.
Entretanto, é imprescindível
fazer alguns alertas!
O choro pode representar um breve
momento de melancolia, mas também pode indicar um transtorno psicológico
depressivo.
A tristeza é uma emoção passageira
e comum, uma resposta psicológica a situações específicas. Por outro lado, a
depressão não é uma experiência mais arrastada.
Indivíduos que sofrem de depressão enfrentam um
estado emocional persistente, atormentados por uma ansiedade mental duradoura.
Refletindo sobre o chorar, percebemos
que essa expressão foi extremamente significativa em Jesus.
O evangelista documentou que,
diante de Lázaro "já falecido", o Cristo se emocionou e chorou.
O Magno Galileu também demonstrou
sua tristeza pela falta de entendimento das pessoas, enquanto estava sentado
nas grandes raízes de uma árvore no quintal da casa de Pedro. Jesus também derramou
lágrimas no Getsêmani, quando se encontrava a sós.
Dentro da perspectiva
espírita o choro deve ser visto como uma forma natural de expressão dos
sentimentos, tanto físicos quanto espirituais. É uma forma de liberar
energias acumuladas e de exteriorizar emoções, como tristeza, alegria,
compaixão ou remorso.
Em alguns casos, o choro
pode ser parte de um processo de “cura interior”, onde a pessoa libera traumas,
mágoas ou padrões de pensamento negativos.
As lágrimas podem ser um
indicativo de que a pessoa está se libertando de cargas emocionais e
espirituais.
Em circunstâncias de contato
com o mundo espiritual, o choro pode ser uma manifestação da sensibilidade
mediúnica.
A pessoa pode chorar ao
receber mensagens de espíritos, ao sentir a energia de um ambiente espiritual
ou ao vivenciar experiências espirituais intensas.
O choro também pode ser um
momento de busca por consolo e esperança. Ao se permitir chorar, a pessoa
pode encontrar alívio para suas dores e fortalecer sua fé na vida após a morte
e na continuidade da jornada espiritual.
O choro, dentro da visão
espírita, não deve ser visto como algo necessariamente negativo.
É uma manifestação natural
dos sentimentos, que pode ser parte de um processo de cura, de desenvolvimento
mediúnico ou de busca por conforto espiritual.