Recentemente, um jornalista brasileiro foi seqüestrado, durante cinco horas, no Líbano, por integrantes de um grupo terrorista religioso. O fato ocorreu em Dahiye, bairro controlado pelo Hezbollah, "o partido de Deus". O Hezbollah também atua na política, luta contra Israel e faz oposição ao governo libanês. O governo libanês admitiu que, contra o "partido de Deus", pouco ou nada pode fazer. Em verdade, o fenômeno do terrorismo contemporâneo tem invadido o noticiário internacional. Jornais, revistas, sites e emissoras de televisão de todo o mundo dedicam tempo e espaço robustos para espetacularizar o tema com as suas variações e implicações nas sociedades atingidas pela violência da ação.
Os discursos psicopatológicos e religiosos são apontados como fatores de compreensão causais da questão, na atualidade. Na difusão midiática, esses elementos são a base para a compreensão do fenômeno, eliminando, praticamente, fatores sócio-políticos e econômicos do seu discurso. Contudo, a busca pelo entendimento mais amplo do problema envolve conhecimento das Relações Internacionais, História, Política e Sociologia e Antropologia, aos quais o jornalista atualizado pode recorrer, sempre que se reportar ao terrorismo contemporâneo.
A rigor, a mídia ocidental, patrocinada pelo capital norte-americano, reforça, ainda, a dicotomia entre Oriente e Ocidente, engendra representações monolíticas da região, enquadrando num só molde a questão Árabe. E à espreita, por trás de todas essas imagens, está a ameaça do jihad, temor de que os muçulmanos tomem conta do mundo.(1)
Essa mídia patrocinada, quase sempre dá a impressão de que a forma da religiosidade armada e eventualmente violenta, conhecida como "fundamentalista", é um fenômeno puramente islâmico (idéia imposta por Israel e o Tio Sam). Porém, o fundamentalismo é um fenômeno mundial e, em algumas religiões, e, até mesmo, em partidos políticos, tem surgido como resposta aos problemas de nossa modernidade. Há fundamentalismo no partido republicano americano, no judaísmo fundamentalista, no cristianismo fundamentalista, no budismo fundamentalista.
O termo terrorismo islâmico é abundante nas páginas de jornais e revistas. Reducionista, esta denominação não permite uma compreensão da complexidade que envolve o terrorismo, suas causas sócio-políticas, e deixa implícito que o problema do terrorismo está na religião, portanto, em todo o mulçumano, quando na realidade é um recurso de pequenos grupos que fazem uma leitura extremista da religião e/ou de partidos políticos.
Analisemos o tema sob o aspecto abrangente do fanatismo, (2) termo que vem do latim fanaticus, que quer dizer "o que pertence a um templo", fanum. O fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. "A intolerância e a incapacidade de conviver com os diferentes estão na gênese desse processo. Enquanto não enfrentarmos nosso medo, nosso temor e nosso horror pela diferença e pela alteridade, pelos múltiplos e heterogêneos 'outros', em nós e fora de nós, permaneceremos reféns da lógica do terror e de suas múltiplas falácias" (3).
O fanatismo é realimentado por um sistema de crenças totalitárias e primitivas, que tem por escopo agradar à um líder supremo empenhado na luta contra o "Mal". O fanático crê, cegamente, que pode exorcizar pessoas e coisas, supostamente possuídas pelo "demônio", combater as forças do "Mal" ou salvar a humanidade do caos.
Define o dicionário de língua portuguesa que fanatismo é o "culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva." Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos monológicos e martírios, que podem terminar com o sacrifício da própria vida, visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o Mal".
O fanático se preocupa mais freqüentemente com os outros, do que com ele mesmo: ele quer salvar a alma dos outros, livrá-los do pecado, abrir seus olhos, modificar seus hábitos alimentares, etc., "pelo simples fato que ele não tem muita personalidade ou nenhuma personalidade". (4)
O fanático pode tornar-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo, se o fanatismo se combinar com uma inteligência tecnologicamente preparada. Fanático inteligente é um perigo para a civilização. O terrorismo, por exemplo, que atua com a única meta de destruir inimigos aleatórios, é realizado por indivíduos fanáticos, cuja inteligência é instrumentada, apenas, para essa finalidade.
Para o terrorismo sustentado no fanatismo, os inocentes devem pagar pelos inimigos; a destruição deve ser a única linguagem possível. O fanatismo parece surgir de uma estrutura psicótica. O fato do sujeito se ver como o único que está no lugar de certeza absoluta, de "ter sido escolhido por Deus para uma missão qualquer" (5), já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem, aí, uma loucura ou psicose. Seguindo o raciocínio de Sigmund Freud, vemos que "aquilo que o psicótico paranóico vivencia na própria pele, o parafrênico experimenta na pele do outro" (6), ou seja, somos levados a supor que o fanatismo está mais para a parafrenia (7) que para a paranóia.
O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista e vice e versa. Um fanático de direita não quer diálogo com os de esquerda e este com aquele. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes, igualmente, com negros adultos, mulheres e crianças. Destarte, "são tão fanáticos os terroristas-suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam clínicas de abortos, perseguem homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente, a qualquer preço, por meio do terror". (8)
O princípio do aperfeiçoamento da fé e da vida humana está na natureza das crenças, porque estas constituem o móvel das ações e modificam os sentimentos. Sim, modificam sentimentos! Será isto uma "utopia"? Sê-lo-á para aquele que não crê no progresso do espírito; não o será, para nós espíritas que cremos na perfectibilidade infinita d'alma. O progresso consiste no melhoramento moral, na depuração do Espírito, na extirpação dos vícios materiais e morais. Esse o verdadeiro progresso, o único que pode garantir a felicidade ao ser humano, por ser o oposto do mal.
A certeza na vida futura é elemento de progresso, porque estimula o Espírito. Somente ela pode dar ao homem coragem nas suas provas, porque lhe fornece a razão de ser dessas provas, perseverança na luta contra o mal, porque lhe assina um objetivo. Sabemos que todas as religiões proclamam a imortalidade. Por que, então, não deu, até hoje, os resultados que se deviam esperar? Cremos que seja por causa do egoísmo, base dos mais nefandos fanatismos.
Temos a convicção de que, por trás dos novos fanatismos religiosos - católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos etc. - é o pendor místico do religioso que leva a uma cristalização da fé, desembocando numa falsa doutrina das virtudes. A base dos fanatismos é o medo: medo à liberdade, medo à vida, medo à cultura, medo, medo, medo, enfim, medo do mundo, que é encarado de um modo suspeito e hostil.
O fanatismo religioso não conhece limites e transfere a categoria de absoluto, que deveria ser apanágio de Deus, às instâncias temporais, políticas, religiosas, culturais, etc. Enfim, tudo passa a ser regulado pela onipotência de Deus e pela mediação infalível e iluminada do líder. Portanto, o medo, tornado um absoluto, passa a reger, perigosamente, as vidas dos que se deixam seduzir pelo fanatismo de um líder , seja político, seja religioso.
A Doutrina Espírita nos faz entender quem somos, efetivamente, quem realmente é o ser humano em sua vocação e circunstância, visão que possibilita, por sua vez, a compreensão e a vivência de uma vida social, moralmente correta, a partir da qual podemos julgar com retidão se determinadas atitudes e idéias propostas por grupos políticos e/ou religiosos correspondem àquilo que o próprio Criador espera de nós.
A Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas nos quer abertos para a realidade, para a beleza das coisas criadas, para a ventura transcendente da liberdade humana, e não acabrunhados pelo medo e, em última análise, cegos pelo fanatismo. Talvez com aquela cegueira suprema, denunciada por Jesus Cristo: "Se fôsseis cegos não teríeis pecado; mas vós mesmos dizeis 'Nós vemos! ' e, por isso, vosso pecado permanece". (9)
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
FONTES:
1 Ao contrário do que muitos pensam, jihad não significa "Guerra Santa", nome dado pelos Europeus às lutas religiosas na Idade Média (por exemplo: Cruzadas). Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid. A explicação quanto às duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos do Profeta Muhammad: Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a mensagem do Islã aos que não têm ciência da mesma (ou seja, daqueles que não se submetem a Deus e à paz). Há opiniões divergentes quanto às formas de ação que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islã. De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islã, ele próprio um muçulmano sunita, Bassam Tibi, o fenômeno do fundamentalismo islâmico é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um factor de acção política em proveito próprio.
2 Sentimento de admiração cega e obstinada por alguém ou algo de cunho político ou religioso
3 Disponível em acesso em 19-12-08
4 Disponível em <> acesso em 18-12-08
5 Disponível em acesso em 20-12-08
6 idem
7 Parafrenia é um composto erudito constituído pelos elementos gregos 'para' ("junto, ao lado de") e 'phrenía' ("estado mental patológico") e significa "conjunto de problemas mentais que inclui a demência precoce e a paranóia".
8 Idem
9 (Jo 9, 41).
Os discursos psicopatológicos e religiosos são apontados como fatores de compreensão causais da questão, na atualidade. Na difusão midiática, esses elementos são a base para a compreensão do fenômeno, eliminando, praticamente, fatores sócio-políticos e econômicos do seu discurso. Contudo, a busca pelo entendimento mais amplo do problema envolve conhecimento das Relações Internacionais, História, Política e Sociologia e Antropologia, aos quais o jornalista atualizado pode recorrer, sempre que se reportar ao terrorismo contemporâneo.
A rigor, a mídia ocidental, patrocinada pelo capital norte-americano, reforça, ainda, a dicotomia entre Oriente e Ocidente, engendra representações monolíticas da região, enquadrando num só molde a questão Árabe. E à espreita, por trás de todas essas imagens, está a ameaça do jihad, temor de que os muçulmanos tomem conta do mundo.(1)
Essa mídia patrocinada, quase sempre dá a impressão de que a forma da religiosidade armada e eventualmente violenta, conhecida como "fundamentalista", é um fenômeno puramente islâmico (idéia imposta por Israel e o Tio Sam). Porém, o fundamentalismo é um fenômeno mundial e, em algumas religiões, e, até mesmo, em partidos políticos, tem surgido como resposta aos problemas de nossa modernidade. Há fundamentalismo no partido republicano americano, no judaísmo fundamentalista, no cristianismo fundamentalista, no budismo fundamentalista.
O termo terrorismo islâmico é abundante nas páginas de jornais e revistas. Reducionista, esta denominação não permite uma compreensão da complexidade que envolve o terrorismo, suas causas sócio-políticas, e deixa implícito que o problema do terrorismo está na religião, portanto, em todo o mulçumano, quando na realidade é um recurso de pequenos grupos que fazem uma leitura extremista da religião e/ou de partidos políticos.
Analisemos o tema sob o aspecto abrangente do fanatismo, (2) termo que vem do latim fanaticus, que quer dizer "o que pertence a um templo", fanum. O fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. "A intolerância e a incapacidade de conviver com os diferentes estão na gênese desse processo. Enquanto não enfrentarmos nosso medo, nosso temor e nosso horror pela diferença e pela alteridade, pelos múltiplos e heterogêneos 'outros', em nós e fora de nós, permaneceremos reféns da lógica do terror e de suas múltiplas falácias" (3).
O fanatismo é realimentado por um sistema de crenças totalitárias e primitivas, que tem por escopo agradar à um líder supremo empenhado na luta contra o "Mal". O fanático crê, cegamente, que pode exorcizar pessoas e coisas, supostamente possuídas pelo "demônio", combater as forças do "Mal" ou salvar a humanidade do caos.
Define o dicionário de língua portuguesa que fanatismo é o "culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva." Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos monológicos e martírios, que podem terminar com o sacrifício da própria vida, visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o Mal".
O fanático se preocupa mais freqüentemente com os outros, do que com ele mesmo: ele quer salvar a alma dos outros, livrá-los do pecado, abrir seus olhos, modificar seus hábitos alimentares, etc., "pelo simples fato que ele não tem muita personalidade ou nenhuma personalidade". (4)
O fanático pode tornar-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo, se o fanatismo se combinar com uma inteligência tecnologicamente preparada. Fanático inteligente é um perigo para a civilização. O terrorismo, por exemplo, que atua com a única meta de destruir inimigos aleatórios, é realizado por indivíduos fanáticos, cuja inteligência é instrumentada, apenas, para essa finalidade.
Para o terrorismo sustentado no fanatismo, os inocentes devem pagar pelos inimigos; a destruição deve ser a única linguagem possível. O fanatismo parece surgir de uma estrutura psicótica. O fato do sujeito se ver como o único que está no lugar de certeza absoluta, de "ter sido escolhido por Deus para uma missão qualquer" (5), já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem, aí, uma loucura ou psicose. Seguindo o raciocínio de Sigmund Freud, vemos que "aquilo que o psicótico paranóico vivencia na própria pele, o parafrênico experimenta na pele do outro" (6), ou seja, somos levados a supor que o fanatismo está mais para a parafrenia (7) que para a paranóia.
O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista e vice e versa. Um fanático de direita não quer diálogo com os de esquerda e este com aquele. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes, igualmente, com negros adultos, mulheres e crianças. Destarte, "são tão fanáticos os terroristas-suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam clínicas de abortos, perseguem homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente, a qualquer preço, por meio do terror". (8)
O princípio do aperfeiçoamento da fé e da vida humana está na natureza das crenças, porque estas constituem o móvel das ações e modificam os sentimentos. Sim, modificam sentimentos! Será isto uma "utopia"? Sê-lo-á para aquele que não crê no progresso do espírito; não o será, para nós espíritas que cremos na perfectibilidade infinita d'alma. O progresso consiste no melhoramento moral, na depuração do Espírito, na extirpação dos vícios materiais e morais. Esse o verdadeiro progresso, o único que pode garantir a felicidade ao ser humano, por ser o oposto do mal.
A certeza na vida futura é elemento de progresso, porque estimula o Espírito. Somente ela pode dar ao homem coragem nas suas provas, porque lhe fornece a razão de ser dessas provas, perseverança na luta contra o mal, porque lhe assina um objetivo. Sabemos que todas as religiões proclamam a imortalidade. Por que, então, não deu, até hoje, os resultados que se deviam esperar? Cremos que seja por causa do egoísmo, base dos mais nefandos fanatismos.
Temos a convicção de que, por trás dos novos fanatismos religiosos - católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos etc. - é o pendor místico do religioso que leva a uma cristalização da fé, desembocando numa falsa doutrina das virtudes. A base dos fanatismos é o medo: medo à liberdade, medo à vida, medo à cultura, medo, medo, medo, enfim, medo do mundo, que é encarado de um modo suspeito e hostil.
O fanatismo religioso não conhece limites e transfere a categoria de absoluto, que deveria ser apanágio de Deus, às instâncias temporais, políticas, religiosas, culturais, etc. Enfim, tudo passa a ser regulado pela onipotência de Deus e pela mediação infalível e iluminada do líder. Portanto, o medo, tornado um absoluto, passa a reger, perigosamente, as vidas dos que se deixam seduzir pelo fanatismo de um líder , seja político, seja religioso.
A Doutrina Espírita nos faz entender quem somos, efetivamente, quem realmente é o ser humano em sua vocação e circunstância, visão que possibilita, por sua vez, a compreensão e a vivência de uma vida social, moralmente correta, a partir da qual podemos julgar com retidão se determinadas atitudes e idéias propostas por grupos políticos e/ou religiosos correspondem àquilo que o próprio Criador espera de nós.
A Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas nos quer abertos para a realidade, para a beleza das coisas criadas, para a ventura transcendente da liberdade humana, e não acabrunhados pelo medo e, em última análise, cegos pelo fanatismo. Talvez com aquela cegueira suprema, denunciada por Jesus Cristo: "Se fôsseis cegos não teríeis pecado; mas vós mesmos dizeis 'Nós vemos! ' e, por isso, vosso pecado permanece". (9)
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
FONTES:
1 Ao contrário do que muitos pensam, jihad não significa "Guerra Santa", nome dado pelos Europeus às lutas religiosas na Idade Média (por exemplo: Cruzadas). Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid. A explicação quanto às duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos do Profeta Muhammad: Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a mensagem do Islã aos que não têm ciência da mesma (ou seja, daqueles que não se submetem a Deus e à paz). Há opiniões divergentes quanto às formas de ação que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islã. De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islã, ele próprio um muçulmano sunita, Bassam Tibi, o fenômeno do fundamentalismo islâmico é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um factor de acção política em proveito próprio.
2 Sentimento de admiração cega e obstinada por alguém ou algo de cunho político ou religioso
3 Disponível em acesso em 19-12-08
4 Disponível em <> acesso em 18-12-08
5 Disponível em acesso em 20-12-08
6 idem
7 Parafrenia é um composto erudito constituído pelos elementos gregos 'para' ("junto, ao lado de") e 'phrenía' ("estado mental patológico") e significa "conjunto de problemas mentais que inclui a demência precoce e a paranóia".
8 Idem
9 (Jo 9, 41).
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