A escola é a grande parceira da família na tarefa educativa, em que pese respeitar a cidadania e sem ditar regras rígidas nos lares alheios. No Distrito Federal, uma escola tomou uma medida que tem sido alvo de muita polêmica; irritou os jovens e dividiu opiniões dos adultos ao elaborar um documento, dirigido aos pais e responsáveis, no qual sugere que proíbam seus filhos, menores de 21, (isso mesmo! 21 anos) de ingerirem bebidas alcoólicas nas "inofensivas" festas e eventos sociais, promovidos pelos adolescentes, em suas próprias residências.
Para muitos, talvez seja uma iniciativa um pouco exagerada, visto que falar, atualmente, em “proibir” alguma coisa é, radicalmente, inadmissível na opinião dessa juventude moderninha. Sem adentrar, ainda que sutilmente, no mérito da discussão, cremos que a questão merece ser analisada, até porque, as estatísticas apontam preocupantes índices, refletindo um aumento significativo de jovens que estão bebendo cada vez mais e mais cedo; hoje, na faixa etária dos 13 anos. É bem verdade que a direção da escola deve estar restrita aos problemas intra-escolares, e que não basta, apenas, advertir os pais de que os seus filhos estão bebendo sem controle algum. Até porque, acabam empurrando o problema de volta para a família. A escola é um importante foro para discutir assuntos gerais relacionados aos jovens, com o intuito de mantê-los sob domínio saudável, e, sobretudo, é local dos mais adequados para se debater, à exaustão, o problema da nefanda droga legalizada que ameaça a juventude. Os que se debruçaram na pesquisa sobre o drama do alcoolismo, entre os estudantes do Distrito Federal, informam que oito, em cada dez deles, já usaram álcool.
Atentemos para o trecho a seguir, publicado na revista "Isto É", de 17/11/99, que retrata, bem, uma situação-limite sobre o consumo de alcoólicos em Brasília. "Uma overdose de festas, voltadas para jovens de classe média, garante o alto consumo de bebidas. No feriado de Finados, a distribuição de um panfleto, propagando a realização de uma festa, em uma boate localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília, levou quatro amigos [três, deles, menores de idade] a adquirir os ingressos, a R$ 20,00, por pessoa; passaporte, esse, que garante, ao adolescente, o livre trânsito no mundo da fantasia, no paraíso de ilusões: muita mulher bonita, som tecno e muita bebida de graça. Três deles deixaram a boate em mau estado. O quarto precisou sair carregado. Desfalecido, foi colocado, pelos amigos, no banco de trás do carro e levado, às pressas, para o hospital. No caminho, cruzaram com outros jovens desmaiados na calçada, à espera que os pais os identifiquem.”
É lamentável que, no Brasil, consome-se, aproximadamente, mais de dois bilhões de litros de pinga e mais de cinco bilhões de litros de cerveja, por ano. Segundo o Dr. Josimar França, membro da Faculdade da Ciência e Saúde, da Universidade de Brasília, há centenas de milhares de alcoolistas, no Distrito Federal, e boa porcentagem desse universo é constituída de jovens menores de 15 anos de idade. Josimar atesta que o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil. Infelizmente, a sociedade convive, aparentemente bem, com a sutileza da invasão do álcool, monstro que tem invadido e destroçado inúmeras famílias, destruindo vários lares.
Especialmente através das propagandas apelativas, hipnotizantes, que custam bilhões de dólares, intoxica-se a estrutura mental do adolescente incauto. Dessa forma, o jovem age sem padrões definidos de comportamento racional, projeta-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada em busca do entorpecimento da consciência e da razão, justificado pelo prazer alucinado no mundo das bebidas, situação, essa, que promove um mergulho no “nada” para as fugas espetaculares da realidade. À maneira de um incêndio, que começa de uma fagulha e causa grande destruição, muitos adolescentes, a partir de um simples gole "inofensivo", precipitam-se nos escombros da miséria moral, transformando-se em uma pessoa vazia de ideais.
Pais cristãos e, absolutamente, cônscios da responsabilidade que assumiram perante a família, não podem oferecer bebidas alcoólicas para seus filhos sob quaisquer pretextos. Ao contrário disso, devem envidar todos os esforços para afastá-los das festas regadas a álcool; essa, sim, é uma atitude sensata. Não devem olvidar que a desgraça real pode ter início no primeiro gole da bebida, às vezes, oferecida num momento de descontração no lar.
Creio que haja suficiente razão para não guardarmos, em casa, as belas e luxuosas garrafas de bebidas alcoólicas, normalmente, mantidas em um “charmoso” barzinho, pois, nelas, está acondicionado o veneno mortal. Eis que, esse local, pode ser o ponto crucial para desencadear uma história repleta de inimagináveis tragédias pessoais, sobretudo, para aqueles que nos são tão caros ao coração, ou seja: os nossos filhos.
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
Blog: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
Para muitos, talvez seja uma iniciativa um pouco exagerada, visto que falar, atualmente, em “proibir” alguma coisa é, radicalmente, inadmissível na opinião dessa juventude moderninha. Sem adentrar, ainda que sutilmente, no mérito da discussão, cremos que a questão merece ser analisada, até porque, as estatísticas apontam preocupantes índices, refletindo um aumento significativo de jovens que estão bebendo cada vez mais e mais cedo; hoje, na faixa etária dos 13 anos. É bem verdade que a direção da escola deve estar restrita aos problemas intra-escolares, e que não basta, apenas, advertir os pais de que os seus filhos estão bebendo sem controle algum. Até porque, acabam empurrando o problema de volta para a família. A escola é um importante foro para discutir assuntos gerais relacionados aos jovens, com o intuito de mantê-los sob domínio saudável, e, sobretudo, é local dos mais adequados para se debater, à exaustão, o problema da nefanda droga legalizada que ameaça a juventude. Os que se debruçaram na pesquisa sobre o drama do alcoolismo, entre os estudantes do Distrito Federal, informam que oito, em cada dez deles, já usaram álcool.
Atentemos para o trecho a seguir, publicado na revista "Isto É", de 17/11/99, que retrata, bem, uma situação-limite sobre o consumo de alcoólicos em Brasília. "Uma overdose de festas, voltadas para jovens de classe média, garante o alto consumo de bebidas. No feriado de Finados, a distribuição de um panfleto, propagando a realização de uma festa, em uma boate localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília, levou quatro amigos [três, deles, menores de idade] a adquirir os ingressos, a R$ 20,00, por pessoa; passaporte, esse, que garante, ao adolescente, o livre trânsito no mundo da fantasia, no paraíso de ilusões: muita mulher bonita, som tecno e muita bebida de graça. Três deles deixaram a boate em mau estado. O quarto precisou sair carregado. Desfalecido, foi colocado, pelos amigos, no banco de trás do carro e levado, às pressas, para o hospital. No caminho, cruzaram com outros jovens desmaiados na calçada, à espera que os pais os identifiquem.”
É lamentável que, no Brasil, consome-se, aproximadamente, mais de dois bilhões de litros de pinga e mais de cinco bilhões de litros de cerveja, por ano. Segundo o Dr. Josimar França, membro da Faculdade da Ciência e Saúde, da Universidade de Brasília, há centenas de milhares de alcoolistas, no Distrito Federal, e boa porcentagem desse universo é constituída de jovens menores de 15 anos de idade. Josimar atesta que o alcoolismo é o mais importante problema de saúde pública no Brasil. Infelizmente, a sociedade convive, aparentemente bem, com a sutileza da invasão do álcool, monstro que tem invadido e destroçado inúmeras famílias, destruindo vários lares.
Especialmente através das propagandas apelativas, hipnotizantes, que custam bilhões de dólares, intoxica-se a estrutura mental do adolescente incauto. Dessa forma, o jovem age sem padrões definidos de comportamento racional, projeta-se em uma perspectiva cada vez mais próxima da derrocada em busca do entorpecimento da consciência e da razão, justificado pelo prazer alucinado no mundo das bebidas, situação, essa, que promove um mergulho no “nada” para as fugas espetaculares da realidade. À maneira de um incêndio, que começa de uma fagulha e causa grande destruição, muitos adolescentes, a partir de um simples gole "inofensivo", precipitam-se nos escombros da miséria moral, transformando-se em uma pessoa vazia de ideais.
Pais cristãos e, absolutamente, cônscios da responsabilidade que assumiram perante a família, não podem oferecer bebidas alcoólicas para seus filhos sob quaisquer pretextos. Ao contrário disso, devem envidar todos os esforços para afastá-los das festas regadas a álcool; essa, sim, é uma atitude sensata. Não devem olvidar que a desgraça real pode ter início no primeiro gole da bebida, às vezes, oferecida num momento de descontração no lar.
Creio que haja suficiente razão para não guardarmos, em casa, as belas e luxuosas garrafas de bebidas alcoólicas, normalmente, mantidas em um “charmoso” barzinho, pois, nelas, está acondicionado o veneno mortal. Eis que, esse local, pode ser o ponto crucial para desencadear uma história repleta de inimagináveis tragédias pessoais, sobretudo, para aqueles que nos são tão caros ao coração, ou seja: os nossos filhos.
Jorge Hessen
E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net
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