Jorge Hessen
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Brasília-DF
O aborto é ilegal na Alemanha, mas não é punível se ocorrer sob certas condições. A exceção mais frequente é a da chamada regra do aconselhamento, usada quando o aborto ocorre por iniciativa da gestante. Nesses casos, o aborto é possível se for feito até 12 semanas (3 meses) após a concepção e se a gestante comprovar que passou por uma sessão de aconselhamento.
O aspecto mais importante é que a decisão a favor ou contra o aborto deve sempre ser da mulher grávida. Porém, a gravidez deve ser confirmada por um médico e deve ser determinada com exatidão a semana de gravidez em que a gestante se encontra.
Em seguida, a gestante deve fazer uma consulta num centro de aconselhamento reconhecido pelo Estado, ao fim da qual ela recebe uma certidão de que passou pelo aconselhamento. Sem essa certidão, qualquer mulher que fizer um aborto pode ser processada, assim como o médico que realizar o procedimento.
Depois da conversa de aconselhamento, a gestante tem mais três dias para refletir sobre sua decisão. Só depois desse prazo, ele pode se dirigir a um médico e fazer o aborto. Porém, médicos temem ameaças e estigmatização. Encontrar tal médico abortista nem sempre é fácil. Há anos que o número de médicos que fazem abortos diminui na Alemanha.
Uma tendência observada por ativistas pró-vida junto aos estudantes universitários nos EUA, é a crescente aceitação do “aborto pós-nascimento”, ou seja, matar a criança depois de seu nascimento, afirmam líderes pró-vida . Os campi onde ativistas locais e membros da equipe dos “Criados Iguais” encontraram estudantes com esta opinião incluem Purdue, da Universidade de Minnesota e a Universidade Central da Florida.
Ao comentar qualquer coisa sobre o hediondo crime de infanticídio ou aborto sempre esbarraremos com histórias monstruosas, abomináveis e desonrosas. Muitos estudiosos asseguram que "o lugar mais perigoso do mundo para uma criança nos países abortistas é o útero da mãe.
Chico Xavier adverte: "os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam". [1] Se os tribunais do mundo condenam, em sua maioria, a prática do aborto, "as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam. Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências culpadas tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde. (...)". [2]
Os inveterados defensores dessa prática defendem o direito da mulher sobre o seu próprio corpo, como argumento para a descriminalização do aborto. Contudo, para os preceitos espíritas, o corpo do embrião não é o da mulher, visto que ela abriga, durante a gravidez, um outro corpo que não é, de forma alguma, a extensão do seu. O nascituro não é um objeto qualquer semelhante a máquina de carne, que pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, porém um ser humano com direito à proteção, no lugar mais fantástico e sublime que Deus criou: o templo da vida, ou seja, o útero materno.
Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassínio do bebê no ventre materno é uma medicina criminosa. Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus.
Óbvio que não lançamos os anátemas da condenação desapiedada àquelas que estão submergidas no corredor escuro do aborto já perpetrado, até para que não caiam na vala profunda da desesperança. Expressamos ideias cujo escopo é iluminá-las com o fanal do esclarecimento para que enxerguem mais adiante a opção do Trabalho e do Amor, sobretudo nas adoções de filhos rejeitados que atualmente amontoam nos orfanatos. "É preciso também saber que a lei de causa e efeito não é uma estrada de mão única. É uma lei que admite reparações, que oferece oportunidades ilimitadas para que todos possam expiar seus enganos! Errar é aprender, destarte, ao invés de se fixarem no remorso inócuo, precisam aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento futuro.
Referencias:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Leis de Amor, ditado pelo Espírito Emmanuel, SP: Ed FEESP, 1963
(2) Peralva, Martins. O Pensamento de Emmanuel. Cap. I Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978