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  • domingo, 24 de agosto de 2025

    A Inteligência Artificial diante da miopia da realidade



    Jorge Hessen

    Brasília/DF

     

    Uma nova e intrigante prática cibernética começa a preocupar médicos, famílias e especialistas em saúde mental: a chamada "psicose da IA".

    Os psiquiatras alertam sobre a delirante interação com chatbots de IA . Há usuários sem histórico de doenças mentais que estão sendo internadas após interações intensas com a ChatGPT levando-os a surtos, internações, delírios e crises reais.

    Casos relatados nos Estados Unidos mostram que o uso intenso de inteligência artificial sem supervisão pode desencadear episódios graves de delírio, paranoia e crises psicóticas, levando até à internação involuntária ou prisões.

    Portanto, são práticas que têm conduzido a colapsos mentais graves com muitos usuários apresentando episódios de paranoia e delírios.

    O psiquiatra Keith Sakata, da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA, adverte o que a chamada “psicose da IA” está se espalhando rapidamente.  E afirma que em 2025, atendeu dezenas de pessoas hospitalizadas após perderem o contato com a realidade por causa da IA.  

    Os modelos de linguagem dos sistemas de inteligência artificial (IA) avançados, baseados abissais quantidades de dados para compreender e gerar texto e outros conteúdos, conseguem realizar tarefas como resumo e resposta a perguntas humanas.

    Mas operam insensível e artificialmente prevendo a próxima palavra mais provável, baseando-se em dados de treinamento, aprendizado por reforço e feedback dos usuários.

    Obviamente o sistema reflete de volta aquilo que detecta como mais desejado pelo usuário, porque a frígida tecnologia é treinada por meio de reforço a partir de feedback humano.

    Como os usuários preferem respostas que soem agradáveis, cooperativas, concordantes e úteis, isso acaba gerando um viés de validação, em que o processo artificial tende a reforçar o que o usuário diz.

    Daí os Chatbots ou IA estão alimentando crenças extravagantes. Delírios messiânicos e perda de contato com a realidade. Sabemos de confrades conversando e recebendo “orientações” de “mentores” espirituais por IA. (pasmem!!)

    Estudo recente de Stanford mostrou que o ChatGPT, mesmo em sua versão mais avançada, erra ao identificar sinais de crenças fantasiosas. Em vez de alertar o sistema confirma delírios e responde com empatia artificial, aumentando a gravidade do quadro de alienados da realidade.

    De acordo com o psiquiatra Joseph Pierre, da Universidade da Califórnia, os sintomas são típicos de psicose delirante, agravada pelo fato de que os chatbots “não corrigem o usuário — apenas reforçam suas ideias estapafúrdias  e suas tendências egocêntricas.

    Considerando que nosso cérebro funciona improvisando previsões sobre a realidade, verificando-as depois e atualizando nossas crenças conforme as observamos. Tais consultas podem desencadear episódios em mentes vulneráveis, reforçar sintomas existentes e acelerar crises existenciais em que o usuário se desconecta da "realidade compartilhada", manifestando delírios, alucinações e pensamento desorganizado.

    É nessa etapa de “atualização mental” que surge a psicose, pois, ao ajustar as crenças para que correspondam melhor à realidade observada, faz com que o usuário permaneça preso em suas percepções iniciais limitantes sem conseguir modificá-las diante de evidências contrárias.

    Isso reforça sucessivamente as ideias distorcidas, multiplicando narrativas delirantes sem considerar se correspondem à realidade, o usuário se perde em camadas cada vez mais profundas de (des)informação, e não consegue sair desse “buraco sem fundo” digital e artificialíssimo.

    Já há estudo questionando a segurança dos chatbots de IA para substituir terapeutas através de pesquisas que envolvem as universidades de Stanford, Carnegie Mellon, Minnesota e Texas, em que foram testados os sistemas com as mesmas regras aplicadas para avaliar terapeutas humanos.

    Na verdade Chatbots podem, por mecanismos de empatia sintética e busca por engajamento, funcionar como um espelho alucinatório, validando e fortalecendo crenças delirantes que, em pessoas vulneráveis, resultam em agravamento ou em novos episódios psicóticos ou obsessivos.

    Cremos haver certa urgência para um debate público sobre o uso responsável da tecnologia ,mormente da inteligência artificial diária, especialmente para pessoas com histórico de transtornos mentais ou espirituais , portanto, em situação de vulnerabilidade emocional.

     

    Fontes:

    https://storiescnnbrasilcombr/tecnologia/alem-do-chatgpt-veja-5-ferramentas-de-ia-para-aumentar-produtividade/

    https://wwwterracombr/byte/psicose-por-uso-excessivo-do-chatgpt-cada-vez-mais-pessoas-sao-internadas-em-hospitais-psiquiatricos-apos-contato-com-chatbots,b8a14d54fc0a3610d9850a80fa3cb42f48n91hmshtml?utm_source=clipboard

     

    quinta-feira, 26 de junho de 2025

    Auferimos da vida aquilo que à vida abonamos

    Jorgehessen

    #jorgehessen

    Brasília-DF

    Nos mundos mais evoluídos, física ou moralmente, a estrutura orgânica humana, mais depurada e menos material, não está sujeita às mesmas indisposições da Terra.  Contudo aqui neste planeta as aflições e as enfermidades constam na lista das provas e dos reveses da vida terrena e são intrínsecos à psicosfera e à densidão da natureza física da Terra e à deficiência moral do homem.

    Sob o enfoque kardeciano, consideramos as doenças habitualmente como reflexos das desarmonias psicossomáticos. A medicina e a psicologia já identificam que não há isolamento na interrelação da mente e do corpo somático que transitam nos vários contextos da vida social, familiar, profissional e pessoal.

    Importa considerar que há marcados períodos em que as “doenças” do corpo são convidadas para “curar” as chagas da “alma”. Em verdade a mente saudável produz bem-estar, a mente enferma produz doença , simples assim! Ou “Mens sana in corpore sano”.

    É verdade! As células do nosso corpo físico se nutrem do mesmo teor das nossas vontades (essenciais) ou desejos (egóicos), formatando pensamentos, sentimentos e emoções viscerais. Tudo que se passa na mente desagua no corpo

    As patologias brotam não só do desleixo com o corpo, porém especialmente do desmazelo sobre a nossa forma de pensar. A invasão microbiana (patogênica ou não) frequentemente está vinculada a causas essenciais (espirituais) que vulnerabilizam todo o sistema imonológico biológica; assim sendo, as doenças nascem da mente desorganizada

     E dentre os causadores de diversas patologias estão os sentimentos de raiva, de mágoa, de ciúme , de rancor, de inveja, de culpa, de autorrejeição. Nossas imperfeições morais desencadeiam as aflições e as moléstias do corpo físico

     Os sentimentos malsãos alcançam imediatamente o corpo físico, que age como um dreno por onde escorrem essas potências tóxicas.

    Comumente quando os acúmulos de energias negativas não escoam, não fluem, ficam conectadas ao corpo físico e se manifestam em algum órgão em forma de grave e desafiadora enfermidade.

    Somos livres para escolhermos o que quisermos fazer na vida, somos os responsáveis pelos atos que originam consequências positivas ou negativas apropriadas.

     A vida é generosa e granjeamos da vida aquilo que à vida oferecemos. Colhemos o que semeamos, pois os nossos males morais são provocados por nós mesmos. Em face disso ,  compete exclusivamente a nós mesmos transmutá-los, a fim de que a doença não se instale em nossa vida como teste compulsório contra os desvios de conduta

     

    Sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo


    Jorgehessen

    #jorgehessen

    Brasília-DF

    Permanecemos impelindo os ecossistemas da Terra para fora do ambiente em que evoluíram e para dentro de condições novas certamente intoleráveis. As extinções em massa são o resultado provável

    Em países predominantemente desenvolvidos, bilhões de pessoas vivem em regiões que irão experimentar climas extremos nas próximas décadas.

     Isso fará aumentar a disseminação mais extensa de enfermidades infecciosas, estresse movido pelo calor, desordens e reptos para as economias. Em face disso,  A ONU estabeleceu como desígnio limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis pré-industriais para evitar efeitos flagelantes decorrentes das mudanças climáticas

    A escala do impacto pode levar à escassez de água potável, trazer grandes mudanças nas condições para a produção de alimentos e majorar o número de mortes por decorrência de ondas de calor e secas. 

    A Terra assemelha-se a um organismo vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções. Nesses últimos anos, os Estados Unidos passaram pela pior seca em mais de um século. Grandes extensões de terra da Rússia também não tiveram chuva suficiente.

    Até mesmo a temporada de monções na Índia foi seca. Na América do Sul, o índice pluviométrico tem permanecido abaixo da média histórica

    Precisamos nos adaptar ao meio como os demais entes vivos neste momento.  Sabe-se que a maior parte da água potável do planeta vai para a irrigação. Por essa razão, há pesquisadores trabalhando vários projetos de sustentabilidade a fim de fazer render mais a água utilizada na agricultura.

     Uma das propostas é a chamada "chuva sólida", um tipo de pó apropriado que espalhado no solo consegue absorver e reter água em abundância e liberar o líquido gradativamente, a fim de que os vegetais possam resistir mais tempo a uma seca

    Lamentavelmente ainda amargamos os contrastes de uma suprema tecnologia no campo da informática, das viagens espaciais, dos supersônicos, dos raios laser, ao tempo em que ainda temos que conviver com muita indiferença ao meio ambiente

     Por outro lado, e menos mal nos parece, é que a necessidade de destruição da natureza se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria.  Realmente, a consciência de proteção ambiental deve aumnentar com o nosso desenvolvimento intelectual e moral.

     

    Sabemos que o meio ambiente em que renascemos constitui muitas vezes a prova expiatória, com poderosas influências sobre nosso psiquismo.  Desse modo, faz-se indispensável que a pessoa esclarecida coopere na transformação do meio ambiente para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência.

    A vida no planeta depende da convivência pacífica entre o homem e a Natureza.  E nós espíritas, o que fizemos, ou o que pretendemos fazer?

    O iluminado Mahatma Gandhi – que afirmou certa vez que toda bela mensagem do Cristianismo poderia ser resumida no sermão da montanha – nos serve de exemplo quando diz: sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo.

    quarta-feira, 25 de junho de 2025

    Por que não chorar? Jesus chorou!




    Jorge Hessen

    #jorgehessen

    Brasília-DF

     

    Na dinâmica da vida as lágrimas do choro podem persistir durante uma noite inteira, mas ao amanhecer surge a alegria. Há pesquisas que indicam que a função evolutiva do choro é criar empatia entre as pessoas e incentivar a ajuda em situações de carência.

    De fato, a colaboração histórica entre os indivíduos foi e ainda é crucial para a sobrevivência da humanidade.

    É reconhecido que o ato de chorar desencadeia a liberação de hormônios e neurotransmissores que auxiliam no alívio da tristeza e da dor.

     Profissionais da área afirmam que reprimir o choro significa sufocar certas emoções, o que dificulta seu enfrentamento.

    Por essa razão, médicos e psicólogos aconselham a expressão das lágrimas como uma forma de liberar os sentimentos.

    Chorar volta e meia permite o acesso às emoções mais profundas. É um momento em que a dor não pode ser contida e precisa ser exteriorizada, mesmo que isso ocorra em solidão.

    As lágrimas funcionam como uma resposta natural do corpo para liberar a tensão e ajudar a restaurar a estabilidade emocional.

    Chorar alivia o sofrimento e pode nos levar a experiências mais profundas, especialmente quando atribuímos significado às lágrimas e à dor que estamos sentindo no momento.

    Entretanto, é imprescindível fazer alguns alertas!

    O choro pode representar um breve momento de melancolia, mas também pode indicar um transtorno psicológico depressivo.

    A tristeza é uma emoção passageira e comum, uma resposta psicológica a situações específicas. Por outro lado, a depressão não é uma experiência mais arrastada.

     Indivíduos que sofrem de depressão enfrentam um estado emocional persistente, atormentados por uma ansiedade mental duradoura.

    Refletindo sobre o chorar, percebemos que essa expressão foi extremamente significativa em Jesus.

    O evangelista documentou que, diante de Lázaro "já falecido", o Cristo se emocionou e chorou.

    O Magno Galileu também demonstrou sua tristeza pela falta de entendimento das pessoas, enquanto estava sentado nas grandes raízes de uma árvore no quintal da casa de Pedro. Jesus também derramou lágrimas no Getsêmani, quando se encontrava a sós.

    Dentro da perspectiva espírita o choro deve ser visto como uma forma natural de expressão dos sentimentos, tanto físicos quanto espirituais. É uma forma de liberar energias acumuladas e de exteriorizar emoções, como tristeza, alegria, compaixão ou remorso. 

    Em alguns casos, o choro pode ser parte de um processo de “cura interior”, onde a pessoa libera traumas, mágoas ou padrões de pensamento negativos. 

    As lágrimas podem ser um indicativo de que a pessoa está se libertando de cargas emocionais e espirituais. 

    Em circunstâncias de contato com o mundo espiritual, o choro pode ser uma manifestação da sensibilidade mediúnica. 

    A pessoa pode chorar ao receber mensagens de espíritos, ao sentir a energia de um ambiente espiritual ou ao vivenciar experiências espirituais intensas. 

    O choro também pode ser um momento de busca por consolo e esperança. Ao se permitir chorar, a pessoa pode encontrar alívio para suas dores e fortalecer sua fé na vida após a morte e na continuidade da jornada espiritual. 

    O choro, dentro da visão espírita, não deve ser visto como algo necessariamente negativo. 

    É uma manifestação natural dos sentimentos, que pode ser parte de um processo de cura, de desenvolvimento mediúnico ou de busca por conforto espiritual.

    sexta-feira, 9 de maio de 2025

    Relação parental intrigante.

     


     

    Jorge hessen

    jorgehessen@gmail.com

    Brasília/DF

     

    Não há dúvida de que a ausência de palavras e frases motivadoras, cada vez mais incomuns nos ambientes domésticos, prejudica a relação parental. Raramente observam-se muitos homens estimulando com palavras edificantes suas mulheres e vice-versa, não se constata regularmente chefes estimulando com sinceridade o trabalho de seus subordinados, não é muito comum pais e filhos estimulando-se com palavras afetuosas.

    Óbvio que o bom profissional, inobstante não almeje, valoriza uma palavra e estímulo , o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe exultam de ser avaliados positivamente, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se dedica, enfim, vivemos numa sociedade em que um precisa do outro; é impossível um homem viver sozinho, e as palavras motivadoras (que não pode resvalar para elogios) são a oxigenação de ânimo na vida de qualquer pessoa.

    Desde que adentramos nos portais dos ensinos kardecianos, aprendemos que o elogio (ainda que bem intencionado) nos amolece e ilude. E nada existe de mais frágil que uma criatura iludida a seu próprio respeito. É verdade , os Benfeitores nos advertem a fim de que não percamos nossa independência construtiva a troco de considerações humanas (bajulações), posto que a armadilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário negligente.

    Até mesmo nos momentos de agruras de alguém, nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despenhar-se nas sombras interiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo, é tão desaconselhável a condenação, quanto o elogio.

      Sussurra a prudência cristã que nunca cederíamos campo à vaidade se não vivêssemos reclamando o deletério coquetel da lisonja ao nosso egocentrismo doentio.

    Invariavelmente ficamos submissos às injunções sociais quando buscamos aprovação (bajulações) dos outros, quando permanecemos na posição de permanentes escravos e pedintes do aplauso hipócrita e do verniz, da lisonja, condicionando-nos a viver sem usufruir de liberdade de consciência, submetendo-nos a ser manipulados pelos juízos e opiniões alheias.

    O elogio nos arremessa à presunção, a afetação nos remete à vaidade. Nesse insofreável desejo de chamar a atenção alheia, queremos ser

    aplaudidos e reverenciados perante os outros. Atualmente adota-se assustadoramente o hábito dos dirigentes incautos de elogiar e exaltar oradores em público. Essas pompas e grandiloquências, observadas à volta de alguns oradores famosos, é bem a repetição dos faustos do cristianismo sem o Cristo.

    A rigor, se alguém vem a público dizer que um orador é "maravilhoso", "fantástico", "brilhante", "inesquecível", "insubstituível" e outras bajulices, logicamente está elogiando e jamais estimulando ou motivando tal “homenageado”.

    Por essas razões, importa vigiarmos as próprias manifestações, não nos julgando

    indispensáveis e preferindo a autocrítica ao auto-elogio, recordando que o exemplo da humildade é a maior força para a nossa transformação moral. Toda presunção evidencia afastamento do Evangelho.

    É imprescindível não elogiar (adular) as pessoas que estejam agindo de conformidade com as nossas conveniências, para não lhes criar empecilhos à caminhada enobrecedora, embora nos constitua dever prestar-lhes assistência e carinho para que mais se agigante nas boas obras. O elogio (adulação) é peçonha em forma verbal. Por essa razão, não esqueçamos que ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, urge recusar o tóxico da lisonja, pois no rastro do orgulho, segue a ruína.